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Zé Carlos

Em 1968, o técnico Aymoré Moreira convocou Zé Carlos para a seleção brasileira. E o curioso é que, ao lado de feras como Pelé, Gérson, Rivellino, Carlos Alberto, Tostão, Jairzinho, Paulo César e Edu, o treinador dava chance a um volante que, “oficialmente”, era um reserva no Cruzeiro.

Desde 1965, José Carlos Bernardes sempre encantava os torcedores quando entrava no time, em lugar de Piazza ou de Dirceu Lopes ou de Tostão. Ele estava quase sempre atuando, mantinha o padrão de toque de bola do time, mas não era o dono de uma camisa de titular. Naquele 68, Piazza fraturara a perna, defendendo a seleção brasileira, no Maracanã, diante do Uruguai. E Zé Carlos atuou por todo o Roberto Gomes Pedrosa como o camisa 5 do Cruzeiro.

Em 1969, o técnico Gérson dos Santos, um ex- zagueiro do clube, do Botafogo e da seleção, foi contratado. E anunciou que seu time teria um quadrado. Sobrou para Evaldo. O meio-de-campo agora era composto por Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes e Tostão. Como sempre um ou outro saía do time por algum motivo, o coringa passou a ser Evaldo. E Zé Carlos nunca mais perdeu um lugar no time. A exemplo de Dirceu Lopes, não foi o mesmo na seleção.

Mas, ao contrário do amigo, conseguiu brilhar quando deixou o clube mineiro. Em 1978, aos 32 anos, era o clássico volante do Guarani, campeão brasileiro. O mestre Zelăo, que raramente errava um passe ou perdia uma dividida, jogou até 1984, quando se despediu, no Vila Nova-MG, num jogo festivo entre um combinado mineiro e um nacional. 

Careca, Casagrande, Paulo Isidoro, Andrade e o goleiro Carlos foram alguns dos craques que fizeram questão de comparecer à despedida daquele que, talvez, tenha sido, o último volante clássico do futebol brasileiro.