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Romário
Nome Romário de Souza Faria
Posição Atacante
Nascimento 29/01/1966
Nacionalidade Brasileira
Local de nascimento Rio de Janeiro (RJ)
Altura 1,69
Peso 72
Chuteira 39
Estréia Vasco 6 x 0 Nova Venécia-ES, amistoso, em 18/8/1984
Carreira Vasco: 1985 - 1988
PSV Eindhoven: 1988 - 1993
Barcelona: 1993 - 1994
Flamengo: 1995 - 1996
Valencia: 1996 - 1997
Flamengo: 1997 - 1999
Vasco: 2000 - 2002
Fluminense: 2002 - 2002
Al-Saad: 2003 - 2003
Fluminense: 2003 - 2003
Al Saad (CAT): 2003 - 2003
Fluminense: 2004 - 2004
Vasco: 2005 - 2006
Miami FC: 2006
Adelaide United: 2006
Vasco: 2007
Títulos Campeonato Carioca - 1987 - Vasco
Campeonato Carioca - 1988 - Vasco
Copa da Holanda - 1988 - PSV Eindhoven
Campeonato Holandês - 1989 - PSV Eindhoven
Copa da Holanda - 1989 - PSV Eindhoven
Copa América (Campeonato Sul-Americano) - 1989 - Brasil
Campeonato Holandês - 1990 - PSV Eindhoven
Copa da Holanda - 1990 - PSV Eindhoven
Campeonato Holandês - 1991 - PSV Eindhoven
Campeonato Espanhol - 1994 - Barcelona
Copa do Mundo - 1994 - Brasil
Campeonato Carioca - 1996 - Flamengo
Copa América (Campeonato Sul-Americano) - 1997 - Brasil
Copa das Confederações - 1997 - Brasil
Campeonato Carioca - 1999 - Flamengo
Copa Mercosul - 2000 - Vasco
Campeonato Brasileiro - 2000 - Vasco
Feito(s) Artilheiro - 1986 - Vasco
do Campeonato Carioca com 20 gols

Artilheiro - 1987 - Vasco
do Campeonato Carioca com 16 gols

Artilheiro - 1988 - Brasil
do Torneio Olímpico de Futebol com 7 gols

Artilheiro - 1989 - PSV Eindhoven
do Campeonato Holandês com 19 gols

Artilheiro - 1990 - PSV Eindhoven
do Campeonato Holandês com 23 gols

Artilheiro - 1991 - PSV Eindhoven
do Campeonato Holandês com 25 gols

1994 - Barcelona
Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa

Artilheiro - 1994 - Barcelona
do Campeonato Espanhol com 30 gols

Artilheiro - 1996 - Flamengo
do Campeonato Carioca com 26 gols

Artilheiro - 1997 - Flamengo
do Campeonato Carioca com 18 gols

Artilheiro - 1997 - Brasil
da Copa das Confederações com 7 gols

Artilheiro - 1998 - Flamengo
do Campeonato Carioca com 10 gols

Artilheiro - 1999 - Flamengo
do Campeonato Carioca com 16 gols

Artilheiro - 1999 - Flamengo
da Copa Mercosul com 8 gols

Chuteira de Ouro da revista Placar - 1999 - Flamengo

Artilheiro - 2000 - Vasco
do Campeonato Carioca com 19 gols

Artilheiro - 2000 - Vasco
da Copa Mercosul com 11 gols

Eleito o melhor jogador das Américas pela revista - 2000 - Vasco

Chuteira de Ouro da revista Placar - 2000 - Vasco

Artilheiro - 2001 - Vasco
Campeonato Brasileiro, com 21 gols

Chuteira de Ouro da revista Placar - 2002 - Fluminense

Artilheiro - 2005 - Vasco
Campeonato Brasileiro, 22 gols

Marrento sim, e daí?

Como Maradona em 1986 e Garrincha em 1962, Romário ganhou uma Copa do Mundo praticamente sozinho. Foi a dos Estados Unidos, em 1994, o Tetra do Brasil, quando deixou sua marca de artilheiro em cinco das sete partidas.

Isso já diz um bocado a respeito de Romário. Mas é pouco. Com seu 1,68 m, marrento e fantástico goleador, o Baixinho é uma lenda do futebol mundial.

Garoto pobre da Vila da Penha, subúrbio carioca, Romário apareceu no Vasco em 1985, aos 19 anos, para compor dupla de ataque com Roberto Dinamite. No mesmo ano, estreava na Seleção Brasileira de juniores aprontando das suas, para variar.

Era presença certa no Mundial da categoria na União Soviética. Mas seu nome sumiu da lista meses antes, depois do Campeonato Sul-Americano. Tudo porque sua maior diversão na concentração era ficar na sacada do hotel urinando na cabeça de quem passava lá embaixo. Corte na certa.

Polêmico fora de campo (cobra dívidas em público e já bateu boca com Zico e Pelé), dentro dele Romário e suas pernas curtas protagonizaram alguns dos momentos mais belos e inesquecíveis da história do futebol.

Seu habitat natural é a grande área. Dos zagueiros do tipo guarda-roupa, ele se livra com um simples gingado, um imprevisível drible de corpo; e dos goleiros bem colocados, com um totó de bico de chuteira.

Em 1999, a revista Trip lhe perguntou sobre Maradona. A resposta veio seca: "Eu fiz mais gols do que ele, ganhei mais do que ele. No futebol moderno dos últimos 15 anos, Maradona só perde para mim".

Assumido admirador das noitadas e incorrigível gazeteiro de treinos, Romário sempre teve problemas com técnicos. Um deles foi Carlos Alberto Parreira, que comandou a Seleção Brasileira na Copa de 1994.

Durante as eliminatórias, o treinador já havia dado a entender que o craque-problema era carta fora do seu baralho. Mas com o titular Müller contundido, não havia parceiro para Bebeto no ataque.

Contra o Uruguai, no Maracanã, a classificação do Brasil estava em jogo. Parreira ponderou e achou melhor recorrer ao Baixinho, que estava barbarizando na Espanha pelo Barcelona. Resultado: Brasil 2 x 0, dois gols de Romário. Depois do show particular, ele ainda prometeu: conquistaria o Tetra para o Brasil.

A Copa dos Estados Unidos viria a ser o seu segundo Mundial. Em 1990, na Itália, viu contundido do banco de reservas o fiasco do selecionado de Sebastião Lazaroni.

Também por contusão foi cortado do terceiro, na França, às vésperas da estréia. Por mais que prometesse se recuperar a tempo, Romário não teve chance. Voltou para o Rio de Janeiro e trabalhou como comentarista de uma rede de televisão durante o torneio.

A pergunta jamais vai calar: "E se ele estivesse naquela decisão contra os franceses? O Brasil teria voltado para casa sem o Penta?" Amado por muitos, odiado por poucos, Romário é unanimidade entre quem realmente entende de bola.

Perguntado se o Baixinho teria uma camisa de titular no fabuloso time que venceu a Copa do México, em 1970, o ex-ponta de lança Tostão foi definitivo: "Eu dava a minha para ele".

Em 2000 teve um dos melhores anos de sua carreira ao marcar 67 gols somente com a camisa do Vasco, que lhe permitiram quebrar um recorde histórico de Roberto Dinamite, até então o maior goleador do clube em uma temporada (62 gols em 81).

Com a crise técnica por qual passava a Seleção, o Baixinho voltou a ser convocado para os jogos da equipe nas Eliminatórias da Copa.

Logo em seu primeiro jogo, contra a Bolívia, no Maracanã, em setembro de 2000, marcou três gols na vitória por 5 x 0. Porém ficou sabendo nessa mesma semana que o técnico Wanderley Luxemburgo havia vetado a sua participação na Olimpíada de Sydney.

Romário continuou com prestígio na Seleção mesmo após a demissão de Luxemburgo e a chegada de Émerson Leão ao time. Porém a situação começou a mudar quando Luiz Felipe Scolari foi escolhido para assumir a equipe.

Inicialmente, Felipão cogitou manter o "Baixinho" na equipe. Mas mudou de idéia quando Romário pediu dispensa da Copa América da Colômbia, em 2001.

O atacante alegou que precisava submeter-se a uma intervenção cirúrgica em seus olhos, mas seguiu com o Vasco para uma série de amistosos no México.

Preterido por Felipão, ele caiu de rendimento e acabou por rescindir seu contrato com o Vasco.

Sondado por clubes como Palmeiras, Santos, Corinthians e Flamengo, acabou optando por defender o Fluminense no Brasileiro de 2002, ano do centenário do Tricolor carioca. Em 2003 jogou no Al-Sadd - ficou pouco tempo - e retornou às Laranjeiras.

E, de volta ao clube carioca, Romário reservou mais uma encrenca. Com apenas 5 gols marcados durante o Brasileirão e enfrentando nova série de contusões, o jogador direcionou sua fúria ao técnico interino Alexandre Gama depois de ser barrado do time. Desta vez, porém, perdeu a briga e deixou o clube, para ao final de 2004, revelar que estava sem vontade, anunciando o fim de sua carreira.

Em 2005, beirando os 40 anos, Romário conseguiu uma das maiores façanhas de sua carreira, ao marcar 22 gols e se tornar o artilheiro do Campeonato Brasileiro. Isso, com a camisa do Vasco da Gama.

Já "quarentão", Romário partiu para aventura nos Estados Unidos em 2006, defendendo o Miami FC em uma liga secundária do país. Lá, fez sucesso e foi artilheiro do Campeonato.

Depois disso, transferiu-se para o mineiro Tupi, onde não conseguiu atuar sequer em uma partida por problemas burocráticos. Então, transferiu-se para o Adelaide United, da Austrália, herói do tetra, que parece dar os últimos passos de sua vitoriosa carreira, tentou alcançar os mil gols. Mas só balançou a rede uma vez na Oceania.

Até que voltou ao Rio de Janeiro, para vestir novamente a camisa do clube que o revelou, novamente sob a batuta de Eurico Miranda. Com moral em São Januário, ele chegou à marca comemorativa (segundo suas contas) e até virou treinador. Mas uma desavença com o presidente do clube e o crescente descontentamento com a diretoria forçaram sua saída.

Em evento comemorativo no Rio de Janeiro, Romário anunciou definitivamente sua aposentadoria dos gramados no dia 14 de abril
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