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Natal

Nem o Peixe de Pelé segurou o "Diabo Louro"

Após brilhar em um torneio entre escolinhas, quando atuava pelo Itaú, da Cidade Industrial (Contagem-MG), o ponta-direita Natal foi convidado por Orlando Vassali para jogar no Cruzeiro. Com apenas 13 anos, já demonstrava muita habilidade e, principalmente, velocidade. Natal, chamado de "Diabo Louro" conquistou alguns títulos nas categorias de base do Cruzeiro, atuando ao lado de Dirceu Lopes e Pedro Paulo.

Natal subiu para o profissional em 1965, quando venceu pela primeira vez o Campeonato Mineiro. Fazia parte de um dos maiores elencos do Cruzeiro, com Dirceu Lopes, Pedro Paulo, Neco, Procópio, Zé Carlos, William, Raul, Piazza e Tostão, estrelas que deram ao clube a Taça Brasil de 1966 e o penta campeonato mineiro (de 1965 a 1969). Boêmio assumido, Natal ganhou fama de romântico e "playboy".

Dava preferência a carros conversíveis, quase sempre ocupados por belas mulheres. Carismático, o Diabo Louro era querido pela torcida, principalmente, por atuar bem contra o Atlético. Sempre decisivo nos clássicos, não se importava com o sofrimento que causava a alguns parentes, como a própria mãe, uma atleticana assumida.

O jogo que o consagrou, no entanto, foi a decisão da Taça Brasil de 1966, quando o Cruzeiro virou a partida diante do Santos, em pleno Pacaembu. O Peixe, de Pelé e Pepe, vencia por 2 x 0 quando os mineiros reverteram o marcador para 3 x 2, no segundo tempo. Natal marcou o terceiro e decisivo gol.

Análise técnica

Cabeceio - Devido ŕ baixa estatura, quase não concluía com a cabeça.
Chute
Pé direito - Chute colocado.
Pé esquerdo - Bom chute, na maioria das vezes, colocado.
Velocidade - Sua maior arma, dificilmente perdia na corrida para os zagueiros adversários.
Habilidade - Muito bom nos dribles.
Posicionamento - Gostava de conduzir a bola, pela estrema direita, até a linha de fundo, sempre buscando o gol adversário.
Marcação - Quase não marcava.