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 O Esporte do Verdadeiro Amor à Camisa

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A Academia de Futebol

Nos anos 60 e 70, o Palmeiras contava com uma excelente equipe, apelidada de "Academia". O clube era o único de São Paulo capaz de rivalizar com o Santos de Pelé, nos anos 60, e tornou-se a melhor equipe do Brasil no início dos 70. Nesses tempos, possuiu duas inesquecíveis formações, que se tornaram referência do futebol bem jogado.

Em 1963, o primeiro Palmeiras interrompeu uma série de títulos paulistas do Santos, sendo campeão. O time contava com vários craques, entre eles o lateral-direito Djalma Santos, os atacantes Julinho e Vavá, e um jovem meia que entraria para a história palmeirense: Ademir da Guia.

Ademir era o maestro da equipe. Em 1965, o Palmeiras vence o Torneio Rio-São Paulo. No mesmo ano, a Academia Palmeirense vestiu a camisa da Seleção Brasileira num amistoso contra o Uruguai, que marcava a inauguração do Estádio do Mineirão. O Palmeiras venceu por 3 x 0. Dois fatos inéditos marcaram a partida. Foi a primeira vez que um clube de futebol no Brasil teve tal honra e, também, foi a primeira vez que um treinador estrangeiro dirigiu a Seleção Brasileira: o argentino Filpo Nunes.

Em 1966, o time impediu o tricampeonato paulista do Santos. No ano seguinte, o Palmeiras exagera na dose: fatura a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Em 1968, a equipe é vice-campeã da Taça Libertadores da América. Essa temporada marcou as despedidas de Djalma Santos e Julinho do esquadrão alviverde.

No ano seguinte, o Palmeiras vence novamente o Robertão.

O time passa 3 anos sem conquistar nenhum título, mas em 1972, volta a ser campeão. Com uma equipe renovada, já contando com grandes jogadores como o goleiro Leão, o zagueiro Luís Pereira e o atacante Leivinha, o Palmeiras conquista o Campeonato Paulista e ainda leva o Brasileiro, numa final contra o Botafogo. O empate por 0 x 0 foi o suficiente para garantir a taça.

Em 1973, o time é Bicampeão Brasileiro após outro empate por 0 x 0, desta vez contra o São Paulo. No ano de 1974, vence o Campeonato Paulista em cima do Corinthians, prolongando ainda mais o jejum de títulos do arqui-rival, que já era de 20 anos. A conquista, muito comemorada, marcou o fim da Academia.

Time Base: Valdir (Leão), Djalma Santos (Eurico), Djalma Dias (Luís Pereira), Procópio (Valdemar Carabina, Alfredo) e Geraldo Scotto (Ferrari ou Zeca); Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Ronaldo), Servílio (Leivinha), Vavá (César) e Rinaldo (Nei).
Grandes Jogadores: Leão, Luís Pereira, Dudu, Ademir da Guia, Leivinha, Djalma Dias e Djalma Santos.

Títulos: Campeão Paulista: 1963, 1966, 1972 e 1974; Torneio Rio-São Paulo: 1965; Taça Brasil: 1967; Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão): 1967; Campeão Brasileiro: 1972 e 1973.