Futebol Amador de Minas Gerais

O Esporte do Verdadeiro Amor à Camisa

E-mail: marcoantonio@hc.ufmg.br

   
 

Fonte: Jornal "O Tempo Betim"   -   www.otempobetim.com.br

 

Jogador betinense, que defendeu o Ituiutaba no Mineiro e Copa do Brasil, curte fase no profissional

Peterson curte ascenção no futebol

Após a eliminação do Ituiutaba na semifinal do Campeonato Mineiro, o lateral direito Peterson, que defende a equipe do Triângulo, descansa em sua casa no bairro Citrolândia, em Betim. O jogador, de férias desde o dia 23 de abril, conta que ainda está em lua-de-mel com a oportunidade no futebol profissional, depois de defender o vizinho Brumadinho e times betinenses como Renascença e Diretoria.

"Vou continuar no Ituiutaba, disputar a Série C do Campeonato Brasileiro e quem sabe ter a chance de jogar em um clube grande", diz Peterson, que destacou a experiência de enfrentar times como Cruzeiro e Atlético.

"Joguei no meio de atletas muito experientes, já consagrados. Valeu para ver que estou preparado para jogar qualquer campeonato", disse.

Na semifinal do estadual contra o Cruzeiro, que venceu por 3 a 1, Peterson acredita que sua expulsão, aos 25 minutos do segundo tempo, contribuiu para o resultado e a eliminação.

" Primeiro recebi o amarelo contra o Ramires, que tentou me driblar e eu acabei fazendo falta nele. No segundo tempo o Cruzeiro empatou, tava todo mundo nervoso, e em um lance meu com o Marcelo Moreno o bandeirinha deu lateral para eles e sem pensar joguei a bola no chão e fui expulso. Foi o nervosismo, fiz sem pensar. Se eu tivesse continuado o resultado poderia ter sido outro. Nosso time estava pressionando muito", conta o jovem de 22 anos, como se fizesse uma ‘travessura’.

Peterson foi titular em seis jogos do Mineiro e ainda jogou duas partidas pela Copa do Brasil, contra o Atlético Goianiense, que eliminou o Ituiutaba e depois o gaúcho Grêmio.  De férias em Betim, Peterson não descansa e duas vezes por semana comanda os treinos para a garotada no Campo do Beira Rio, na Colônia, na Escolinha do Fidel, onde começou a jogar futebol.

"A maioria dos meninos lá do Citrolândia me conhecem. Eles vêem que se dedicarem, podem ter esta oportunidade também", conta o jogador, que já é pai de uma menina de quatro meses, que mora com a mãe no Citrolândia.

O professor Fidel ainda é um conselheiro do jogador. Ele conta a decepção que tiveram há alguns anos, quando Peterson passou nos testes das categorias de base do Atlético e só não foi para o alvinegro porque o Minas Gerais, de Venda Nova, a quem defendia no Campeonato Mineiro Juvenil, não liberou o atleta.

"Na época ficamos de pés e mãos amarradas. Não tínhamos o que fazer, pois o Minas Gerais queria cobrar R$ 7 mil para liberar o Peterson", relembra.

Para o betinense Peterson, que sonhava com a chance no futebol profissional, foi uma decepção.

"Para mim foi muito difícil. Quase desisti. Fiquei seis meses parado e voltei ao amador. Depois surgiu a oportunidade de ir para o União Luiziense, onde comecei minha trajetória profissional. Tive ajuda de muitas pessoas, como o Maurinho Resende, para ir para os treinos", disse.