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FUTEBOL DE BASE - Organização contra violência

Competições com filosofia educativa ajudam a afastar as crianças dos vícios

As finais das copas Cavaleiro Negro e Criança Esperança, categorias Dentinho, Fraldinha, Pré Mirim e Mirim, promovidas pela Associação das Escolas de Futebol do Estado de Minas Gerais AEFEMG, movimentaram, ontem, os campos do Dom Orione, no bairro Ouro Preto. Festa para as famílias que acompanharam seus pequenos jogadores, que são a promessa do futuro do futebol. Ser um jogador de futebol é um sonho que começa antes mesmo de calçar a chuteira pela primeira vez, principalmente no Brasil, onde o esporte é uma paixão nacional e uma marca reconhecida em todo o mundo.

A alegria estampada no rosto das crianças vitoriosas contrastava com as lágrimas que escorriam pelas bochechas daquelas que não conquistaram o primeiro lugar. Mas a esperança ainda brilhava nos olhos daquelas que não desistem de um dia poder realizar um sonho. Na competição, a maioria da meninada tem a resposta na ponta da língua quando se pergunta o que você quer ser quando crescer : jogador de futebol .

Mas o futebol não é apenas a diversão para a garotada. O aprendizado é o ponto essencial nesta competição. Com 12 equipes participando em quatro categorias, totalizando 48 times, o campeonato chegou na sua quarta edição melhorada , de acordo com o presidente da AEFEMG, Karlyle Eduardo Vasconcellos. A preocupação é formar jogadores com consciência profissional, sem violência. A disciplina no futebol é um fator muito importante para estas crianças, porque elas entram em campo pensando nos seus ídolos. A cada ano do Cavaleiro Negro a coordenação faz ajustes nos aspectos sociais, com o objetivo de minimizar a violência no esporte. Neste ano, por exemplo, temos o Tribunal Especial para julgar as indisciplinas e nós notamos que brigas e xingamentos dentro de campo diminuíram bastante. E o melhor é que antes de punirmos, os jogadores levam uma advertência e são orientados a como se comportarem durante o jogo .

Karlyle, que também é professor de futebol, avaliou que é bom para as escolas de futebol ter uma competição organizada. Ele explicou que as crianças, como ainda estão em formação, têm nos jogadores uma imagem de ídolo, e se espelham no que fazem durante os jogos. A competição é considerada de forma positiva porque incentiva o desenvolvimento de jogadores profissionais, mas também na organização das próprias escolas. Esta garotada, quando está em campo, copia os seus ídolos, seja na comemoração de um gol ou no corte de cabelo do jogador, como aconteceu com o Ronaldinho. E nesses quatro anos, há atletas que já estão bem encaminhados nos principais times de Minas