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MARADONA

Diego Armando Maradona - Meia - Lanús (Argentina) - 30.10.1960 

Um dos maiores jogadores da história do futebol. Maradona está certamente entre os maiores astros do esporte em todos os tempos. Ao lado de Di Stéfano, é considerado o melhor futebolista argentino.

Aos 12 anos já encantava aos conhecedores de futebol. Jogava com a camisa 10 do "Cebollitas", uma equipe de infantis do Argentinos Juniors. Os Cebollitas ficaram mais de 100 jogos invictos e Maradona era o principal jogador do time, apesar de ser o mais jovem e baixo.

Desde cedo sua habilidade impressionava a todos. Antes mesmo de estrear como profissional, a torcida já se espantava com seu talento. Era mestre em embaixadinhas e só deixava a bola cair quando queria. Tinha um controle de bola incrível e suas atuações no Cebollitas o transformavam na sensação de seu bairro. 

Pouco antes de completar 16 anos, estreou na equipe profissional do Argentino Juniors. Marcou seu primeiro gol em 76, na goleada sobre o San Lorenzo por 5 a 2. Em sua segunda temporada no clube, aos 17 anos, marcou 19 gols em 49 partidas no Campeonato Nacional.

A partir daquele momento, começou a se fazer uma nova história do Argentinos Juniors. Um Argentinos Juniors de Maradona, assim como o Santos de Pelé. Os torcedores de outros times assistiam a jogos do Argentinos para ver Maradona jogar e se encantar com suas jogadas. Nesta equipe, jogou até seus 20 anos e foi o máximo goleador da equipe por cinco temporadas.

Estreou na Seleção Argentina com 16 anos, em fevereiro de 77 vestindo a camisa 19.  Muitos argentinos pediam sua convocação para a Seleção que disputaria a Copa do Mundo em 78. O garoto tinha apenas 18 anos e chegou a formar o grupo de 25 jogadores que se preparavam para a Copa.

Em maio, o técnico César Luis Menotti anunciou os três que ficariam de fora. Um deles seria Maradona, preterido por Menotti por ser ainda muito jovem. No ano seguinte, vingou-se e se sagrou campeão mundial de Juniores com a Seleção Argentina no Mundial do Japão. Foi eleito a revelação e o melhor jogador do torneio. 

Em 1981 transferiu-se para o Boca Juniors e foi campeão argentino. Marcou 17 gols em 28 jogos com a camisa azul e amarela. No ano seguinte, foi vendido ao Barcelona em uma transação milionária. Disputou a Copa de 82 e transferiu-se para o futebol italiano, sendo vendido ao Nápoli em 84. Venceu o Campeonato Italiano de 87, o primeiro na história do clube. Era capitão de um time fantástico, que tinha ainda os brasileiros Alemão e Careca. Em 90, conquistou mais um título nacional e foi alçado a maior ídolo da história do clube. Criou o mesmo fenômeno anteriormente já conseguido no Argentinos Juniors: a história do Nápoli era agora dividida em duas fases: antes e depois de Maradona. 

 Na Copa da 1986, no México, houve sua consagração definitiva e mundial. Conquistou o segundo título mundial da Argentina e foi o principal responsável pela campanha. Fez cinco gols (terminou como vice-artilheiro, atrás apenas do inglês Lineker) e foi eleito o melhor jogador da Copa. Muitos dizem que esse foi um dos únicos mundiais em que um jogador foi totalmente responsável pelo título, afirmando que Maradona "venceu sozinho a Copa".

Há que se destacar o confronto entre Inglaterra e Argentina pelas quartas-de-final da Copa. A Argentina venceu por 2-1, com dois gols extraordinários de Maradona. Certamente foi uma das melhores partidas da carreira do jogador. No primeiro gol, ele ganhou uma disputa aérea com o goleiro Peter Shilton e desviou a bola para o gol com a mão, em uma das jogadas mais célebres da história do futebol. Seu segundo gol foi seguramente um dos mais belos de todos os tempos. Ele driblou o time inteiro da Inglaterra, partindo do meio-campo, e marcou o verdadeiro golaço, arrancando aplausos até mesmo dos ingleses.

Maradona brilhou também na Copa de 90, na Itália. Sentindo-se em casa e contando com o apoio da torcida do Nápoli, Diego levou o modesto time da Argentina ao vice-campeonato mundial, perdendo para a Alemanha que havia sido derrotada na final de 86. Eliminou o Brasil nas oitavas-de-final com um magro 1 a 0. O gol foi de Caniggia, após jogada memorável de Maradona. As imagens de Maradona chorando após a derrota na final são das mais emocionantes do futebol. Novamente, foi eleito como o melhor meia-esquerda do Mundial.

Depois do auge em 86 e dos títulos italianos de 87 e 90, começou a sentir a decadência em 91. Foi pego no exame anti-doping na partida entre o seu Nápoli e o Bari e descobriu-se que havia consumido cocaína antes do jogo.

Apesar de não ser considerada substância dopante, a cocaína é proibida pela FIFA e Maradona foi suspenso do futebol profissional por quinze meses. 

Um mês depois, Diego foi preso em Buenos Aires por consumo da cocaína e o que se viu aí foi um melancólico fim de carreira para um dos maiores astros do esporte em todo o mundo. Voltou a jogar em 92, defendendo o Sevilla, da Espanha. No ano seguinte, jogou cinco partidas pelo Newell's Old Boys. Encerrou e retomou sua carreira por diversas vezes. Esteve de volta a atuar pela Seleção Argentina, sempre com a camisa 10, na Copa de 94, nos Estados Unidos.

Jogou apenas contra Grécia e Nigéria, as duas primeiras partidas e marcou um gol. Foi novamente flagrado no exame anti-doping após o jogo contra os africanos, dessa vez pelo uso da efedrina. O time argentino se desestabilizou com sua suspensão e o escândalo e acabou eliminado precocemente nas oitavas-de-final.

O astro estava agora com 34 anos e fora de forma. Ensaiou uma volta como técnico de futebol e chegou a dirigir o Racing, mas a carreira não decolou. Retomou novamente a carreira para jogar pelo Boca Juniors, revelando ser esse o seu clube do coração. Jogou pelo Boca em algumas partidas das temporadas de 95, 96 e 97, mas novos escândalos o obrigaram a encerrar definitivamente a carreira. Em 30 de outubro de 97, na data de seu 37° aniversário, ele encerrou a carreira oficialmente, jogando pelo Boca.

Era chamado de "El Pibe de Oro" e freqüentemente de "Dón Diego Armando Maradona". Vestiu 113 vezes a camisa da Seleção Argentina, tendo marcado 46 gols. Em 468 partidas jogadas por clubes, marcou 233 gols.

"Fiz o gol com a minha cabeça e a mão de Deus."
(Maradona, sobre o gol na copa de 86 contra a Inglaterra)

"Devemos dizer a Maradona: Olha, Diego, você joga futebol como Deus, mas é apenas um homem."
(Jorge Valdano, ex-atacante e técnico de futebol)

"Maradona só será um novo Pelé quando ele ganhar 3 Copas Mundiais e marcar mais de mil gols."
(Cesar Luis Menotti - ex-técnico da Seleção Argentina)

"No frígido futebol do fim de século, que exige ganhar e proíbe divertir-se, este homem é um dos poucos que demonstra que a fantasia também pode ser eficaz."
(Eduardo Galeano, escritor e jornalista, sobre Maradona)

"Eu tenho dois sonhos. O primeiro é jogar uma Copa do Mundo. O segundo é ser campeão."
(Maradona, no início de sua carreira em 76)

"Todo mundo me pergunta se meu sonho se tornou realidade e eu respondo que meu sonho se tornou realidade no dia em que eu fiz minha estréia nos profissionais. Naquele dia eu toquei o céu com minhas mãos"
(Maradona, dez anos depois, após conquistar a Copa de 86)

"Dois ou três toques foram suficientes para que eu me desse conta de que estava diante de um fenômeno."
(Francis Cornejo, técnico do Cebollitas, descobridor de talentos e primeiro treinador de Maradona)

"Não importa o quê, não importa quem esteja jogando ou quem seja o técnico. Todos saberão que a camisa 10 da Seleção irá sempre pertencer a mim. Para sempre."
(Maradona, depois de encerrar a carreira)

"Se não falo em Maradona é porque ele tem todo direito à privacidade sobre dependência de drogas. E eu me entristeço."
(Ruy Carlos Ostermann, jornalista e cronista esportivo)

"Se não falo em Maradona é porque ele tem todo direito à privacidade sobre dependência de drogas. E eu me entristeço."
(Ruy Carlos Ostermann, jornalista e cronista esportivo)

"Quando cheguei em casa naquele 19 de maio chuvoso e encontrei minha mãe chorando e meus irmão tentando me consolar por ter ficado fora dos 22 jogadores que irão para o mundial de 1978, aquele dia me prometi que teria uma revanche".
(Diego Armando Maradona, após conquistar a Copa do Mundo de 1986)

"Nunca me diverti tanto jogando futebol. Era extraordinário"
(Diego Armando Maradona, sobre o Copa do Mundo de Juniores de 1979, em que se sagrou campeão)

"Eu não me droguei. Cortaram as minhas pernas."
(Maradona, revoltado com o resultado do exame anti-dopping na Copa de 1994)

"Faço campanha contra as drogas pelas crianças. As drogas estão em todos os cantos e é triste que alguma criança se apegue a ela. Sinto que é uma obrigação que eu os alerte. Fui, sou e sempre serei um viciado."
(Diego Armando Maradona, melhor jogador da história do futebol argentino)