www.futebolamadordeminas.com

Prestação de Serviços Gratuitos ao Futebol Amador de Minas Gerais

E-mail: marcoantonio@hc.ufmg.br

   
 

DI STÉFANO

Alfredo Di Stéfano - Atacante - Buenos Aires (Argentina) - 04.07.1926

Quem foi melhor, Di Stéfano ou Pelé? Para nós, brasileiros, e certamente para a maioria dos amantes do futebol em todo o mundo, Pelé foi o melhor jogador de todos os tempos.

Mas não são poucos e não são loucos desconhecidos os que consideram o argentino como maior jogador da história do futebol.

Maradona, Puskas e Bobby Charlton, eles próprios titulares de qualquer seleção que se faça dos melhores de todos os tempos, são alguns dos respeitáveis nomes que tiram o chapéu para a "Flecha Loira", como era conhecido Alfredo Di Stéfano, devido à sua velocidade.

Deixando a discussão de lado, o fato é que Di Stéfano está seguramente entre os maiores craques do futebol mundial. E este argentino teve mais do que 20 anos para mostrar o seu futebol nos quatro cantos do mundo. Di Stéfano jogou e fez história em clubes como River Plate, da Argentina, e Real Madrid, da Espanha. Aliás, boa parte da história gloriosa destes clubes se deve aos pés da "Flecha Loira". Só no Real, Alfredo Di Stéfano conquistou 5 Copas dos Campeões, 8 campeonatos espanhóis, uma Copa do Rei e um Mundial Interclubes.

Quando criança, Alfredo não gostava de jogar futebol e queria mesmo era ser aviador. Mas nas poucas vezes em que pegava na bola ficava evidente o seu talento incomum. Seu pai, ex-jogador do River nas décadas de 10 e 20, tratou de incentivá-lo para o futebol e treiná-lo, exigindo sempre que melhorasse nos fundamentos em que tinha dificuldade. Aos 16 anos, já figurava na equipe do River Plate. Anos depois, faria parte do River dos anos 40, chamado de "La Máquina".

A equipe foi quatro vezes campeã argentina e reunia alguns dos maiores jogadores argentinos de todos os tempos como Labruna, Lostau, Carrizo e Di Stéfano. Começou no River Plate em 1945, sendo logo campeão argentino, embora tivesse jogado apenas uma partida como titular. Em 46, defendeu o Huracán, também da Argentina, onde marcou 11 gols. Um ano depois, com a venda do ídolo Adolfo Pedernera para o Atlanta, os dirigentes do River acharam por bem ter de volta o jovem Alfredo Di Stéfano, então com 20 anos e já visto como um bom substituto para o ídolo do River.

Ficou então, de 47 a 49 no River Plate, onde foi novamente campeão argentino em 47. Neste ano, Di Stéfano marcaria 27 gols em 30 jogos, sendo o artilheiro da competição, enquanto o seu River fazia uma média de 3 gols por partida. Com 21 anos foi então chamado pela primeira vez para a seleção de seu país, tendo logo sido campeão sul-americano.

Depois de 5 anos no futebol de seu país, o dinheiro colombiano dos Millionarios de Bogotá chamou a atenção de Di Stéfano. O craque argentino ajudaria a fazer história de outra grande equipe. Àquela época, a liga colombiana estava banida pela FIFA, embora grandes craques como Adolfo Pedernera e Nestor Rossi brilhassem no Millionarios.

Mas Alfredo Di Stéfano brilhava ainda mais. Foi na Colômbia que enriqueceu e foi lá que foi construindo o futebol que encantaria o mundo, anos depois, na Espanha. A versatilidade, maior qualidade da "Flecha Loira", já era bem evidente. 

Com uma incrível marca de 267 gols em 292 jogos, Di Stéfano comandava a equipe boliviana, que passou a ser chamada de Ballet Azul, tal a beleza de seu jogo. Tão grande era o seu futebol, que encantou também os dirigentes da federação colombiana: convidaram-no para jogar na seleção daquele país, embora Di Stéfano já tivesse defendido a seleção argentina. Por 4 jogos, Alfredo Di Stéfano foi colombiano. Por ironia, foi o argentino o melhor jogador a vestir a camisa do selecionado colombiano.

Mas não foram só os dirigentes colombianos que ficaram encantados com o futebol mágico de Di Stéfano. Em uma excursão pela Espanha com o Millionarios de Bogotá, o atacante mostrou toda a sua categoria e provocou um verdadeiro leilão entre o Barcelona e o Real Madrid, as duas maiores equipes da Espanha, para comprar o seu passe.

O Real foi mais competente e levou o craque argentino para Madrid. Di Stéfano não tardaria a mostrar que sua contratação tinha sido uma das melhores coisas que o então presidente Santiago Bernabéu tinha feito na vida. Um dia após a sua chegada, era clássico espanhol: Barcelona e Real Madrid. Di Stéfano simplesmente marcou 4 gols no massacre de 5 a 0.

Na Espanha, aos 27 anos, Di Stéfano faria parte de mais uma histórica equipe no futebol mundial. O Real Madrid reunia alguns dos melhores jogadores do mundo, como Puskas, Kopa, Gento, Del Sol e o brasileiro Didi.

Mas mesmo em um time assim, tal foi a importância de Di Stéfano que a imprensa espanhola chegou a escrever: "O Santiago Bernabéu (estádio do Real Madrid) é inclinado para a esquerda por ter Di Stéfano jogado lá por tanto tempo." No Real Madrid, Di Stéfano fez de tudo.

Além dos 454 gols, foi octacampeão espanhol, pentacampeão da Copa dos Campeões e campeão mundial interclubes em 1960. Di Stéfano marcou ainda 49 gols em apenas uma das Copa dos Campeões, sendo este um recorde até hoje. 

Era hora de ser chamado também para a seleção espanhola. Di Stéfano foi o único jogador a defender a camisa de três seleções. Mas apenas com a Espanha, Di Stéfano teria a chance de disputar uma Copa do Mundo: a Copa do Chile, em 1962. Mesmo assim, o craque teve azar. Machucou-se pouco antes do torneio e não pôde participar da Copa. Estava chegando ao fim a carreira de uma das maiores lendas do futebol em todos os tempos. Di Stéfano, então com 36 anos, via também o Real Madrid declinar com ele.

Em 64, seria colocado na reserva do Real depois de 11 anos como titular. Era a gota d'água. Di Stéfano iria para o Espanyol, também da Espanha, onde jogaria por dois anos. Em 66, um problema nas costas o tirou dos gramados aos 40 anos e com quase 900 gols marcados. Na lista dos maiores goleadores da história do futebol, Di Stéfano só está atrás dos brasileiros Pelé e Friedenreich e do austríaco Binder.

Nos anos 70, depois de 32 anos nos gramados, Di Stéfano passaria à carreira de técnico. Ganhou o campeonato argentino pelo Boca Juniors e pelo River Plate. Foi também campeão espanhol pelo Valencia na década de 80. Dirigiu ainda, por duas vezes, a equipe do Real Madrid. Em 91, foi eleito pela revista France Football como melhor jogador que já atuou na Europa em todos os tempos. Em frente a sua casa, o argentino construiu uma estátua de uma bola com a inscrição: "Gracias, Vieja!". Um agradecimento merecido a quem o transformou em uma das mais importantes figuras do esporte mundial.

"Obrigado, velha."
(inscrição ao pé do monumento à bola que Alfredo Di Stéfano, maior jogador argentino antes de Maradona, ergueu em sua casa em Madrid).

"Nenhum jogador é tão bom como todos juntos."
(Alfredo Di Stéfano, maior jogador argentino antes de Maradona)

"Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé. Pelé é o único que ultrapassa os limites da lógica."
(Johann Cruijff - maior jogador holandês de todos os tempos)

"Não me venham falar em Di Stéfano, em Puskas, em Sivori, em Suárez. Eis a singela e casta verdade: não chegam aos pés de Pelé. Quando muito, podem engraxar-lhe os sapatos, escovar-lhe o manto."
(Nélson Rodrigues, escritor, jornalista e dramaturgo)

"Di Stéfano foi o melhor de todos os tempos."
(Bobby Charlton, o maior jogador da história do futebol inglês)

"Alfredo Di Stéfano foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos - melhor ainda que Pelé. Ao mesmo tempo ele era um grande defensor, um grande meio campo e o mais perigoso homem de ataque que já surgiu."
(Helenio Herrera, um dos mais famosos técnicos da história do futebol)

"Eu não sei se eu fui um jogador melhor do que Pelé, mas tenho certeza de que Di Stéfano foi. Pelé não teria se mantido como craque se tivesse jogado na Europa. Enquanto isso, Di Stéfano brilhou em todo canto do mundo."
(Diego Maradona, maior jogador argentino nos anos 80)

"Me orgulho quando falam de Alfredo Di Stéfano"
(Diego Maradona, maior jogador argentino nos anos 80)

"A melhor coisa a respeito de Di Stéfano é que quando você jogava com ele, você tinha sempre um jogador a mais na posição em que ele estava. Ele jogava por dois"
(Miguel Muñoz, técnico de Di Stéfano na vitoriosa equipe do Real Madrid)

"Nenhum outro jogador foi tão versátil quanto Di Stéfano. Ele era excelente em todas as posições"
(Keir Radnedge, editor da revista inglesa World Soccer)

"O estádio do Real Madrid é inclinado para a esquerda por ter Di Stéfano jogado lá por tanto tempo."
(Imprensa Espanhola, para descrever o impacto causado pelo futebol do argentino na equipe espanhola)

"Um jogador perfeito."
(Mike Langley, respeitado jornalista esportivo europeu, sobre Di Stéfano)

"Se há um rei na história da Copa dos Campeões da Europa, este é certamente Alfredo Di Stéfano."
(Mike Langley, respeitado jornalista esportivo europeu, sobre Di Stéfano)

"Nenhum jogador jamais valeu por um time inteiro, mas Di Stéfano esteve sempre perto disso."
(The Lincoln Library of Sports Champions, publicação da Frontier Press Company, 1989)

"Di Stéfano via o que os outros não viam. Estava sempre preparado, mental e fisicamente, para tudo. Para mim, foi um dos melhores jogadores de todos os tempos."
(Ferenc Puskas, húngaro, um dos melhores jogadores da história do futebol mundial)

"O maior jogador de futebol do mundo foi Di Stéfano. Eu me recuso a classificar Pelé como jogador. Ele está acima de tudo."
(Ferenc Puskas, craque da Hungria e do Real Madrid na década de 50)

"Nunca poderemos agradecer totalmente a tudo que Di Stéfano fez pelo Real Madrid."
(Lorenzo Sanz, presidente do clube madrilenho)

"Uma partida sem gols é como um dia sem sol"
(Alfredo Di Stéfano, maior atacante da história do futebol, que marcou mais de 800 gols)

"Pelé e Maradona foram brilhantes, mas o melhor jogador de todos os tempos foi Adolfo Pedernera."
(Alfredo Di Stéfano, sobre seu ídolo)

"Eu era destro, mas meu pai não me deixava jogar até que eu tivesse um bom chute de esquerda"
(Alfredo Di Stéfano, maior atacante da história do futebol, que marcou mais de 800 gols)