46ª Edição da Copa Itatiaia - 2006 / 2007

Belo Horizonte e Região Metropolitana

 O Maior Torneio de Futebol Amador do Brasil

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Fonte: Jornal Diário da Tarde - BH - MG - Sábado - 13/01/2007

Confronto de opostos na decisão da Copa Itatiaia

Santa Catarina e Campolina fazem amanhã, às 16h, no Independência (entrada franca), a finalíssima da Copa Itatiaia de Futebol Amador. Para o time da Pedreira Prado Lopes, será a chance de ser bicampeão, enquanto o rival de Esmeraldas tenta levar para sua rica galeria um título inédito. Quase que uma tradição na Copa, a finalissíma coloca frente a frente dois clubes bem diferentes. De um lado, o Campolina, com uma história quase centenária. Do outro, o Santa Catarina, criado em 2002, mas com origem no time do Oriente.

Para o técnico Fernando Moreira, do Santa Catarina, na decisão, a história dos clubes é o que menos pesa. Ele observa que da mesma forma que o rival, sua equipe não buscou reforços de última hora para disputar a Copa Itatiaia, mantendo a base do ano anterior.

Diferentemente do Campolina, que tem estádio próprio, a equipe da Pedreira Prado Lopes não costuma jogar na grama, passando a maior parte do ano em campos de terra. Mas, para Fernando, isso não altera muito o desempenho do grupo. “Não vejo muita diferença no jogo na terra ou na grama. Pode fazer diferença para alguns jogadores, para outros não. Mas eu não vejo essa mudança como fundamental”.

Já o atacante Wagner Gambá, artilheiro da equipe, disse que o Santa Catarina disputou cinco amistosos na grama, como preparação para a Copa Itatiaia, e que isso foi o suficiente para o grupo se adaptar ao piso gramado.

Fernando diz que o Santa Catarina é uma equipe equilibrada, que não valoriza mais a técnica que a raça na hora de jogar. Segundo o treinador, sua equipe tem média de 24 anos, sendo quatro jogadores de 20 anos. Wagner Gambá é um dos jogadores mais velhos da equipe, com 30 anos. Ele diz que a diferença de idade ajuda tanto aos mais velhos quanto aos mais novos. “Os jogadores mais novos ajudam a levar a equipe, porque eles correm mais, têm mais fôlego, e a gente contribui com a experiência em campo”, explica.

A base da equipe é formada por Paulinho, Dundum, Adonai, Dim e Thiago; Igor, Guilherme, Kaiser e Didico; Gambá e Josué.

História

Segundo o presidente da equipe, Adão Baltazar de Carvalho, conhecido como Bocão, o Santa Catarina, que foi fundado como Oriente, e esteve inativo por 22 anos até o final de 2002. Bocão é neto do fundador do Oriente, Hélio de Carvalho, e diz que resolveu assumir a equipe do avô devido à falta de um time amador na parte de cima da região da Pedreira Prado Lopes.

Ele não sabe precisar a data exata de fundação do clube, mas estima que tenha sido há 30 anos. “A equipe jogou cerca de oito anos, até a morte de meu avô. Depois disso, ficou inativo até quatro anos atrás, quando resolvi reativar o clube. O nome Oriente já estava registrado, então usamos o nome do Santa Catarina”, explica.

Para ele, a tradição da equipe adversária não deve pesar na final. “Vai ser um jogo muito difícil, as equipes são muito boas, mas acredito muito no meu time”, garante.

Ele espera um comparecimento em peso dos torcedores da Pedreira, que lotaram o Independência na final do ano passado. “O público total daquela finalíssima foi de 15 mil espectadores, mais cinco mil que ficaram de fora. Desses, estimo que cerca de oito mil eram da nossa torcida. Quando um dos times da Pedreira sai da competição, a torcida passa para nosso lado”.

Desde a volta às competições, o Santa Catarina venceu a 2ª Divisão da Copa Centenário, o Campeonato Amador Júnior, a Copa Itatiaia geral e a Chave BH da Copa Itatiaia. O presidente diz que seu clube chegou em várias semifinais nesses quatro anos, o que deu mais maturidade ao clube para as decisões.

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