9ª Copa Centenário de Futebol Amador - Edição de 2006

Belo Horizonte - Minas Gerais

O Maior Evento de Futebol Amador do Brasil

E-mail: marcoantonio@hc.ufmg.br

Fonte - Jornal Diário da Tarde - BH - MG - Terça-Feira - 10/10/2006 

Meninas driblam o rigor das regras com charme na Copa Centenário

O futebol feminino tem suas peculiaridades. Uma delas é a vaidade das meninas em campo. Apesar da tradição masculina do jogo, especialmente no Brasil, onde o preconceito ainda é grande, a diferença está no visual. Com o bom futebol apresentado pelas mulheres que disputam a Copa Centenário Wadson Lima, na categoria feminino, olhando de longe não se faz distinção ao futebol masculino. Olhando de perto, porém, a diferença está na cara. Ou melhor, nos cabelos. As atletas não dispensam o charme nem mesmo nos momentos mais tensos dos jogos, como no empate por 2 a 2 no clássico entre Garra e Nacional do Carmo, no campo da Via Expressa.

Com a proibição de uso de adereços como brincos, pulseiras, anéis e piercings, o drible para manter o charme durante o jogo é abusar dos penteados e carregar na maquiagem. Para não atrapalhar no jogo, o rabo-de-cavalo é o penteado preferido. Mas é nas amarrações do cabelo que as meninas usam a criatividade. Há aquelas que optam pelo cabelo curto, mais prático, o que ajuda principalmente no cabeceio da bola. Mas, ainda assim, elas deixam algum volume, para dar um toque especial com trancinhas.

É caso Daniela, de 19 anos de idade e cinco de futebol amador, meia do Nacional do Carmo. O cabelo é o que temos para mostrar nos jogos, porque os brincos, anéis não podem entrar em campo. Então a gente arruma os penteados, e eu gosto das minhas tranças curtas. E é claro que ficamos preocupadas durante o jogo em manter o visual, em deixar o cabelo arrumado. Se caímos e sujamos, levamos um tempinho para limpá-lo e ajeitá-lo novamente.

Outro tempo gasto por Daniela é para tirar e colocar os seis piercings espalhados pelo corpo. A maioria fica na orelha, então dificulta muito jogar com eles, pois o árbitros não permitem. E dá muito trabalho ter que tirar todos e depois recolocar. Mas vale a pena , comentou.

Mas é a atacante da Seleção Brasileira Sub 20, Bárbara, também do Nacional do Carmo, a campeã na vaidade com os cabelos. “Levo mais de uma hora e meia para ajeitar tudo. E ainda coloco a faixinha para segurar o cabelo e não deixá-lo cair na testa. A gente não pode perder a pose em campo, mesmo com tanto trabalho”.

  ****************